1 de out. de 2013

Eu finjo que te ofereço e você finge que recebe. E assim vamos vivendo.


Queria ver o mundo sem questionar muito , mas me é impossível ser assim. 

Desde que me lancei na minha vivência artística, tive que caminhar para dentro de mim e esse caminho, me leva  a construir uma sinceridade interna que se reflete  também fora de mim.  E aí não dá mais como  fingir que algo não acontece, aqui dentro ou lá fora!

E um dia,  lá estava eu assistindo a um quarteto da filarmônica de Berlim. Ou melhor,  tentando. O som estava baixo , não podiam "atrapalhar" quem estava jantando e conversando.

Fui pra frente. Colei no quarteto e quantas sensações eu experimentei no meu peito , no meu corpo e quando dei por mim , eu tinha um sorriso estampado no meu rosto. 

Por que perdemos tanto tempo nos distraindo se a cura está em colocar nossos 5 sentidos a disposição da vida, da nossa vida?

Eu te ofereço a filarmônica de Berlim , mas mantenho o som baixo . Faz algum sentido isso? Parecia fazer!  
Quando o pianista se levantou e perguntou se as pessoas estavam ouvindo bem, todo mundo disse que estava. Eu fui a única a dizer: "Por favor aumente o som , preciso  ouvir , preciso sentir!"


E no dia seguinte era a vez da Claudia Leite. Preciso dizer que altura estava o som? Por que os sons não são os mesmos, na mesma medida?


"Alguma coisa está fora da ordem , fora da ordem mundial".